O doloroso adeus a Orleir Cameli; enterro acontece às 17 horas
Em duas filas, multidão se organiza para o adeus a Orleir.
Maria
de Nazaré Souza de Oliveira, 62 anos, chegou à igreja Nossa Senhora da
Glória,no centro de Cruzeiro do Sul, nas primeiras horas desta manhã
(9), onde está sendo velado o corpo do ex-governador do Acre, Orleir
Cameli.
Ela
enfrentou uma longa fila e não se importou com o desfile de
autoridades locais que compareceram ao funeral do homem mais
importante do Juruá.
"Eu
esperaria o quanto fosse necessário para ver o senhor Orleir. Ele foi
alguém muito especial para nós. Nunca nos tratou diferente por sermos
pobres”, disse, em lágrimas.
A
dona de casa moradora da área periférica de Cruzeiro do Sul é uma das
centenas de pessoas anônimas, que choram pelos cantos da igreja e
lamentam a morte do ex-governador.
“É
um adeus doloroso. Apesar dele ser o homem rico que sempre foi, ele
sempre nos tratou como iguais. Não fazia diferença nas pessoas pelo fato
de terem ou não dinheiro. Não sei como vai ser daqui para a frente, sem
ele para nos ajudar e dar esperança”, desabafou, ainda chorando.
Maria
de Nazaré afirma que Orleir Cameli foi a pessoa mais próxima que ela
teve no momento que a família dela enfrentava dificuldades.
“Como
pode, um homem na posição dele se preocupar tanto com pessoas como eu,
que nada tinha para dar em troca? Ele socorreu minha família em uma hora
de aperto e até deu emprego para meu filho em uma das empresas dele”,
declarou.
Lindalva
Guedes, outra moradora da área periférica de Cruzeiro do Sul, diz que
conhecia Orleir Cameli há 20 anos e afirma que ele não misturava
política partidária com ajuda social.
“Ele sempre ajudou todo mundo, isso ´tava` no coração dele. Há mais de 15 anos que ele ´tava` afastado da política, mas co
ntinuava a ajudar as
pessoas, sem fazer propaganda disso”, diz.
“Ele sempre ajudou todo mundo, isso ´tava` no coração dele. Há mais de 15 anos que ele ´tava` afastado da política, mas co