Médicos deflagram greve por tempo indeterminado a partir do dia 23
Os médicos decidiram pela deflagração de greve a partir do dia 23. A
proposta de mobilização segue o movimento nacional, contra a importação
de profissionais sem a devida revalidação do diploma e unifica o
movimento com as reivindicações locais de concurso público, carreira de
Estado e melhor estrutura nos hospitais e unidades de saúde.
O movimento de paralisação dos atendimentos foi aprovado em
assembleia, na noite de segunda-feira (15), na sede do Sindicato dos
Médicos do Acre (Sindmed-AC). O objetivo é chamar a atenção dos governos
federal e Estadual para o caos na saúde pública.
O presidente do Sindmed, José Ribamar Costa, explicou que a categoria
decidiu ampliar a bandeira de luta em um momento em que a população
está reivindicando melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS).
“A população está revoltada, a população foi para as ruas em todo
país com várias reivindicações, incluindo a melhoria no serviço de
saúde. Há anos lutamos pela mesma bandeira, há anos tentamos negociar,
mas somos enrolados, por isso decidimos greve para forçar mais
investimentos”, detalhou o sindicalista.
Ribamar Costa taxou todas as medidas adotadas pelos governos até
momento de eleitoreiras e afirmou que a única forma de melhorar o
atendimento é o investimento em estrutura, em medicamentos,
equipamentos, na realização de concurso público e na carreira de Estado
para médicos.
“Desde 2010 estamos apresentando 16 itens de reivindicação que podem
representar a melhoria dos serviços para a população, mas o governo do
Estado do Acre tem ignorado a pauta dos médicos, por isso vamos às
ruas, pedir apoio da população e dizer que o atual serviço
disponibilizado não pode ser mantido, pois todo mundo corre riscos”,
protestou o presidente do Sindmed.
A greve segue também a proposta nacional de protestos contra a
importação de médicos de outros países sem a aplicação do exame capaz de
medir se os conhecimentos adquiridos no exterior são compatíveis com os
ensinados nas universidades brasileiras.
“Não faltam médicos, falta investimento no SUS para garantir
hospitais capazes de atender a população. Lutamos pela carreira de
Estado, em que o médico começaria pelo interior atendendo os municípios
que mais precisam de atenção na área de saúde”, finalizou o
sindicalista.
por:ecoacre.net