Operação Apocalipse: Acre está entre os nove estados investigados em crimes de estelionato
A Polícia Civil de
Rondônia deflagrou nesta quinta-feira (4) a Operação Apocalipse, que
investiga um esquema de estelionato, tráfico de drogas e falsificação de
documentos que movimentou R$ 80 milhões em nove estados. Só em
Rondônia, a quadrilha movimentou R$ 33 milhões. Entre os bens do grupo
estão 200 carros, 25 imóveis e 30 empresas.
Estão sendo cumpridas 229 medidas cautelares entre mandados de busca a apreensão, prisões preventivas e indisponibilidade de bens. A Operação Apocalipse foi deflagrada em Rondônia e nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte, Amazonas, Acre, Mato Grosso, Ceará e Distrito Federal. Em Rondônia, as ações foram realizadas em Porto Velho, Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Ji-Paraná.
Os chefes da quadrilha serão indiciados pelos crimes de financiamento do tráfico de drogas, associação ao tráfico, estelionato e falsificação de documentos, segundo a polícia. Equipes saíram às ruas para cumprir mandados de prisão e busca.
Foi identificado um esquema de fraude em empresas de cartões de crédito que, segundo a Polícia Civil, é um dos mais modernos do país. A suspeita é de que pelo menos 20 funcionários tenham sido nomeados, como ‘laranjas’, na Assembleia Legislativa de Rondônia, na Câmara Municipal de Porto Velho, e recebiam sem trabalhar.
Era com o capital levantado por meio das atividades ilícitas que a quadrilha financiava campanhas políticas de candidatos no estado. “Um candidato com chances de ganhar uma eleição recebia este financiamento para a campanha e, em troca, ao se eleger, ele nomeava para cargos públicos pessoas indicadas pela quadrilha”, explica o delegado Laiola.
Entre os deputados da Assembleia que são investigados por participação do esquema estão o presidente da casa, Hermínio Coelho, Ana da 8, Adriano Boiadeiro, Cláudio Carvalho e Jean Oliveira, que tiveram a suspensão da função parlamentar por 15 dias e proibição de se aproximarem do órgão. O filho de Hermínio Coelho, Roberto Rivelino Guedes, foi preso no início da manhã desta quinta.
Os vereadores Marcelo Reis (PV), Eduardo Carlos Rodrigues e Jair de
Figueiredo Montes (PTC), apontado como suposto chefe do esquema, ao lado
de José Fernandes, o ‘Fernando da Gata’, preso na manhã desta
quinta-feira (4) em Natal.
Entre os empresários presos envolvidos está Thales Prudêncio Paulista de Lima, dono de uma concessionária de carros, que teve a prisão preventiva decretada por ser suspeito de lavagem de dinheiro, e que foi flagranteado pelos policiais por porte ilegal de arma.
As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil no final de 2011. De lá para cá, mais de 70 mil ligações telefônicas foram interceptadas. Cruzamento de dados fiscais, monitoramento, filmagens, entre outras provas, levaram a polícia a identificação de 98 suspeitos, que levantou, no período de um ano, cerca de R$ 33 milhões em imóveis, veículos e empresas.
(Por G1/Rondônia)
Estão sendo cumpridas 229 medidas cautelares entre mandados de busca a apreensão, prisões preventivas e indisponibilidade de bens. A Operação Apocalipse foi deflagrada em Rondônia e nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte, Amazonas, Acre, Mato Grosso, Ceará e Distrito Federal. Em Rondônia, as ações foram realizadas em Porto Velho, Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Ji-Paraná.
Os chefes da quadrilha serão indiciados pelos crimes de financiamento do tráfico de drogas, associação ao tráfico, estelionato e falsificação de documentos, segundo a polícia. Equipes saíram às ruas para cumprir mandados de prisão e busca.
Foi identificado um esquema de fraude em empresas de cartões de crédito que, segundo a Polícia Civil, é um dos mais modernos do país. A suspeita é de que pelo menos 20 funcionários tenham sido nomeados, como ‘laranjas’, na Assembleia Legislativa de Rondônia, na Câmara Municipal de Porto Velho, e recebiam sem trabalhar.
Deputados foram afastados do cargo temporariamente (Foto: Halex Frederic/G1
Além do tráfico de drogas, são investigados os crimes de formação de
quadrilha armada, peculato, tráfico de influências, falsificação de
documentos e fraudes em empresas de cartões de crédito. De acordo com a
polícia, pessoas recrutadas forneciam dados pessoais para a realização
de contratos junto às instituições financeiras, explicou o delegado
Francisco Borges. A fraude acontecia no suposto pagamento das faturas,
entretanto a polícia não divulgou detalhes de como esta operação era
realizada.Era com o capital levantado por meio das atividades ilícitas que a quadrilha financiava campanhas políticas de candidatos no estado. “Um candidato com chances de ganhar uma eleição recebia este financiamento para a campanha e, em troca, ao se eleger, ele nomeava para cargos públicos pessoas indicadas pela quadrilha”, explica o delegado Laiola.
Entre os deputados da Assembleia que são investigados por participação do esquema estão o presidente da casa, Hermínio Coelho, Ana da 8, Adriano Boiadeiro, Cláudio Carvalho e Jean Oliveira, que tiveram a suspensão da função parlamentar por 15 dias e proibição de se aproximarem do órgão. O filho de Hermínio Coelho, Roberto Rivelino Guedes, foi preso no início da manhã desta quinta.
Entre os empresários presos envolvidos está Thales Prudêncio Paulista de Lima, dono de uma concessionária de carros, que teve a prisão preventiva decretada por ser suspeito de lavagem de dinheiro, e que foi flagranteado pelos policiais por porte ilegal de arma.
As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil no final de 2011. De lá para cá, mais de 70 mil ligações telefônicas foram interceptadas. Cruzamento de dados fiscais, monitoramento, filmagens, entre outras provas, levaram a polícia a identificação de 98 suspeitos, que levantou, no período de um ano, cerca de R$ 33 milhões em imóveis, veículos e empresas.
(Por G1/Rondônia)