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O charme de uma capital isolada





Jet skis e lanchas passeiam devagar, na velocidade do "ver e ser visto", ou rápidos, para chamar atenção, no Rio Acre, que atravessa Rio Branco. Barracas e quiosques servem comidinhas regionais. O calçadão, de um lado do rio, e a praça, do outro, têm casas coloridas e bares com música ao vivo, cheios de gente. A capital do Estado mais isolado do Brasil está pulsando. O centro antigo da cidade foi restaurado nos últimos anos - a primeira revitalização desde o fim do século 19, quando seringalistas ancoraram o barco em uma gameleira, árvore que está de pé até hoje e dá nome ao calçadão. Na época, a região ainda pertencia à Bolívia, que vendeu o território ao Brasil só em 1903, após anos de conflitos.
Foi nesse local, hoje boêmio, que nasceu Rio Branco, no auge do ciclo da borracha e no meio da Amazônia. A floresta continua aqui, sentida na onipresença dos mosquitos e no calor. A riqueza da borracha se foi, mas pode ser vista no Palácio Rio Branco, sede do governo, que abriga um museu sobre a história da região. Ali perto está o mercado municipal, que vende em garrafas PET ou sacos plásticos o tucupi, caldo amarelo feito a partir do suco da mandioca, que entrou para a alta gastronomia via Alex Atala.

Delícias à parte, pouca gente vai para o Acre. Em 2012, 225 mil pessoas chegaram de avião ao Estado (1% da quantidade de São Paulo). Um dos motivos é a distância dos maiores centros (seis horas de avião do Rio). O Acre está duas vezes mais perto do Pacífico que do Atlântico. Mas o distanciamento é relativo. Quem viaja pelo continente e chega por Peru ou Bolívia (um roteiro comum) percebe o clima brasileiro, calçadão animado, música alta. E se sente em casa.


por: Carol Castro super interessante editora abril


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