Apagões seriam intencionais para manter energia no Centro Sul do Brasil, diz presidente da Eletrobras
Vivendo uma
das maiores crises hídricas da história e sofrendo com a alta
temperatura nos últimos meses, que eleva o consumo de equipamentos de
ar-condicionado, o Brasil vem tendo que se desdobrar para manter a
cadeia produtiva industrial ativa sem problema com a geração de energia
elétrica fornecida pelo Estado.
A suprema
maioria dos geradores de energia em nosso país vem de hidrelétricas, ou
seja, energia gerada pela força dos grandes rios brasileiros, porém
vivendo um grave período de estiagem, diversos estados da região
Centro-Sul do país veem hidrelétricas se tornarem inoperantes pelo baixo
nível de suas águas.
Com o aumento
do consumo e a falta de produção energética nessas regiões a conta
sobrou para os estados considerados “de menor impacto” como Acre e
Rondônia. Ambos os estados sofreram mais de seis apagões em apenas 41
dias, que de acordo com o presidente da Eletrobrás Distribuição
Rondônia, Luís Marcelo, foram intencionais para assegurar a energia dos
grandes centros produtivos brasileiros.
A informação
foi repassada pelo Chefe da Casa Civil em Rondônia, que afirmou ter
conversado com Luís Marcelo, após o último apagão desse domingo (20) que
deixou ambos os estados sem energia durante grande parte da manhã.
“Falei com
Luís Marcelo, presidente da Eletrobras, assim que começou o apagão
(sexto em 40 dias) reclamei. Ele me explicou o seguinte: A nossa
subestação não tem capacidade pra converter a totalidade da energia
gerada por Santo Antônio e Jirau. O que acontece quando aumenta muito a
demanda no centro sul? Cortam aqui pra que não haja desabastecimento lá,
pois o impacto lá é muito superior em número de habitantes que na nossa
região”, disse o politico rondoniense através de uma página na rede
social Facebook.
Alguns
políticos e diretores da Eletrobras já cogitam a possibilidade da
reativação da TERMONORTE, termoelétrica que abastecia as cidades de
Porto Velho e Rio Branco, desativada após a construção das hidrelétricas
de Jirau e Santo Antônio.
A alegação é
de que ou a subestação em Porto Velho aumenta sua capacidade para manter
Rondônia e Acre, ou se reative a usina termoelétrica a fim de garantir o
término dos apagões. Essas são as opções a se considerar pelo Governo
Federal para sanar o problema. Enquanto isso a comunidade rondoniense e acreana aguarda as medidas que serão tomadas pelas autoridades competentes.